Sicredi Pioneira apoiando Cultura e História

Sicredi Pioneira apoiando Cultura e História

Notícias 08/12/2025 0

Sicredi Pioneira inaugura espaço de memória e cultura na Villa dei Troni, em Caxias do Sul!

Ambiente reúne história do cooperativismo, imigração italiana e vínculos da cooperativa com a comunidade.

A trajetória do cooperativismo na Serra Gaúcha também tem raízes no movimento de imigração italiana. Isso porque a primeira cooperativa de crédito do Brasil, a Sicredi Pioneira, ainda que fundada por imigrantes germânicos, teve seu primeiro depósito realizado por uma comunidade de imigrantes italianos, marco que evidencia a capacidade de união entre culturas, organização comunitária e o potencial de desenvolvimento econômico. Esse encontro entre histórias acaba de ganhar um novo capítulo: a cooperativa inaugurou, na quarta-feira (3), um espaço dedicado a esta memória na Villa dei Troni, em Caxias do Sul.


Instalado na sala de estar do Casarão Amarelo -antiga residência da família Andreola-, o espaço da Sicredi Pioneira ocupa uma construção cujo porão foi erguido pelo nono de Edson Tomiello, idealizador da Villa dei Troni. O ambiente apresenta elementos que conectam o visitante às origens do cooperativismo, reforça o compromisso da instituição com a preservação da memória e ainda contribui para o fortalecimento do turismo na região.

“É impossível falar de cooperativismo no Brasil sem falar de imigração, pois são histórias que se entrelaçam”, destaca o presidente do Conselho de Administração, Tiago Luiz Schmidt. “A imigração italiana é a síntese de um povo unido, trabalhador, com uma fé imensurável e muito alegre, elementos que resumem bem a essência do cooperativismo”, complementa.

Projetado para reforçar esse vínculo, o ambiente reúne objetos originais, documentos históricos e elementos de época, promovendo uma experiência imersiva. Entre os destaques está a mesa de contas, composta por duas máquinas antigas, moedas da época e a reprodução da caderneta de um associado italiano, com a mensagem que registra o primeiro depósito da Pioneira.

Para Schmidt, tudo isso busca reforçar que memória, educação e desenvolvimento são parte central da atuação da cooperativa. “Amstad dizia que o desenvolvimento econômico e social só vem com a elevação cultural, e que sem conhecimento não há horizontes. Por isso, esse espaço não é apenas um repositório histórico. Ele nos provoca a refletir sobre o papel das pessoas e das organizações na construção de comunidades mais potentes, prósperas e sustentáveis”, afirma.


O espaço também conta com um painel de educação financeira com dicas práticas e impressos que os visitantes podem usar para organizar despesas. Segundo o presidente, essa aproximação entre passado e presente amplia a compreensão do cooperativismo. “Nossa intenção é, antes de mais nada, homenagear e agradecer os imigrantes italianos por todo o seu legado”, ressalta.

Homenagem a quem construiu a região;

Para a Sicredi Pioneira, estar presente na Villa dei Troni é um gesto de reconhecimento que amplia o diálogo com a comunidade. O espaço foi criado para valorizar aqueles que deixaram sua contribuição e, ao mesmo tempo, inspirar futuras gerações.

Edson Tomiello conta que a presença da cooperativa no parque simboliza muito mais do que uma parceria institucional. “Há quatro anos tenho a alegria de contar com a Pioneira acompanhando de perto cada etapa da construção da Villa dei Troni. Não conheço outra instituição financeira tão presente, tão cooperativa e tão comprometida com todas as comunidades quanto a Sicredi Pioneira. Essa parceria nos orgulha e nos fortalece. Assim como a cooperativa compartilha seus resultados com os associados, também sinto que devolvo a esta terra um pouco de tudo o que ela me deu, deixando meu legado por meio da Villa dei Troni. Ter a Sicredi Pioneira dentro do parque é uma síntese perfeita dessa história em comum: valores de comunidade, cooperação e pertencimento que nos unem e que agora ganham vida neste espaço que preserva, educa e emociona”, afirma Tomiello.

“Locais como a Villa dei Troni cumprem o papel de nos lembrar quem somos. A Itália segue sendo um país com cooperativismo forte e relevante, e esse espaço estimula que as pessoas busquem ainda mais conhecimento sobre esse movimento”, conclui Schmidt.

Assim, o espaço é composto pelos seguintes elementos:

Imigração: exposição com propagandas, fotos de viagem e objetos trazidos pelos imigrantes. A mala original do Porto de Santos, de meados de 1900, contém xale, sandália, chapéu italiano, manta e foto de recordação, itens típicos levados nas travessias.

Armário sob a escada: prateleiras com informações sobre técnicas de construção da época, incluindo detalhes da própria casa amarela. O espaço é ambientado com um bambino (menino) com vestes da época, um bilboquê e peão antigos, mantas e uma foto de época.

Painel do Cooperativismo: conteúdos sobre os pioneiros de Rochdale e os modelos Raiffeisen e Luzzatti, além da história da fundação da cooperativa e do papel de Amstad e dos demais fundadores.

Armarinho de oito portas: peça com oito compartimentos. Cada porta revela uma imagem e uma informação, algumas acompanhadas de moedas de época originais.

Mosaico de TVs: cinco televisores exibem fotografias antigas de Caxias do Sul e do prédio da Pioneira em Linha Imperial.

Parede de quadros: composta por um relógio original de 1920, livros com dados sobre a imigração italiana, uma referência à música Mérica, Mérica e três quadros que apresentam padrões da época.

Rádio a válvula: equipamento de meados de 1930 que ganha nova vida ao tocar músicas italianas de domínio público, com mais de 70 anos, intercaladas com a leitura da ata de constituição da cooperativa, simulando uma transmissão de rádio da época.

Mesinha de centro: peça com jarro em prata antiga e uma arte de jornal que remete à data de 28 de dezembro, destacando a constituição da Pioneira e trazendo informações atuais após 130 anos. As notícias internas foram pesquisadas em jornais da época.

Jornal do Vaticano: recorte do Osservatore Romano, jornal oficial do Vaticano desde 1861. O exemplar de 1º de abril de 1939 traz a notícia do falecimento de Theodor Amstad, exposta em um quadro próximo ao telefone.

Crédito: Patrícia Wisnieski - Talenttare - Foto Divulgação 

Foto do autor(a) Luis Sebastiani

Luis Sebastiani

Luis Alexandre, especialista em Turismo de Experiência, mais de 15 anos atuação na Hotelaria e Organização de eventos.

Desenvolvimento de Projetos Comerciais e atualmente na coordenação da execução do Editorial do Portal de Viagem e seus Blogs regionais com foco na entrega de conteúdos com temáticas do ecossistema do Turismo.

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